quarta-feira, 1 de maio de 2013

Regra número um: Não há regras.

Vamos partir do princípio de que somos serem humanos individuais e independentes. Que vivemos em sociedade com nossas referências e influências pessoais. Com personalidade e características bastante particulares. Entendemos, sentimos e percebemos o mundo de maneiras diferentes uns dos outros. Isso nos torna únicos. 


Podemos perceber que no mundo do vinho cada garrafa - assim como nós - também é única. E podemos ir além, porque o mais fantástico disso tudo é que a nossa relação e nossas impressões sobre um vinho podem ser influenciadas também pelo contexto no qual estamos inseridos no momento em que estamos apreciando uma garrafa de vinho.
Com quem estamos e como estamos nos sentindo - física e emocionalmente. Se estamos bebendo vinho sem comida ou com comida, são alguns fatores que também podem influenciar nossas impressões.
Portanto, como podemos estabelecer regras? O importante é ser feliz, é descobrir os vinhos que podem te proporcionar prazer e aprender cada vez sobre eles e com eles. Todo vinho tem uma estória para contar, o tipo de uva,  os produtores, as regiões, o país... é uma infinidade de assunto e conhecimento para uma vida toda!

Apreciar sozinho ou acompanhado? 
Particularmente sempre achei melhor apreciar uma garrafa de vinho com amigos – na mesma condição que eu, ou seja, que tenham o mesmo interesse por vinhos – independente se sabem mais ou menos que eu – isso realmente é o que menos importa, porque ninguém nunca vai saber tudo sobre vinhos, mesmo. Cada um tem um recorte, um olhar, uma interpretação, um parágrafo... TUDO? Ninguém sabe! O importante aí é a troca,  porque cada um percebe o vinho de maneira diferente, e isso nos ajuda a apurar os sentidos e a buscar outras interpretações em relação a cada um dos vinhos com os quais temos contato. De uns vamos gostar muito, de outros, nem tanto, também de outros tantos não vamos gostar... E gostar é uma coisa bastante pessoal, não é mesmo? Vale provar e dar aos vinhos a chance de fazê-lo feliz! 
Outras duas vantagens de se apreciar vinho com os amigos - principalmente quando se está começando -  é que se pode dividir o conteúdo da garrafa. Consome-se menos, aprende-se mais e dependendo da relação que se tem com estes amigos, pode-se também dividir o valor da garrafa. Tornando bem mais acessível e fácil o aprendizado – e melhor ainda, praticar o consumo responsável.

Por falar em consumo responsável...
Como disse o Marquês de Maricá: (ao menos disseram que ele disse)
¨Deve-se usar da liberdade, como do vinho: com moderação e sobriedade.¨

Caríssimos leitores. É preciso estarmos atentos ao consumo responsável de bebidas alcoólicas. Vamos respeitar as leis e também os limites do nosso próprio corpo.
O consumo irresponsável (excessivo) leva a embriaguez e esta, faz as pessoas perderem - dentre muitas outras coisas: o controle da própria boca, o controle das próprias pernas, o reflexo, a educação, as chaves de casa, a carteira, a memória, a chance de curtir uma noite agradável, e claro, a razão (sempre!). Resumindo: você perde o bom senso – e isso não pode ser bom.

Assistam a este vídeo que é engraçadinho, mas que retrata bem como fica uma pessoa que se excede ao beber. 


¨VINHO, APRECIE COM MODERAÇÃO¨

Você que está ingressando no mundo do vinho, precisa ter consciência de que a sua segurança,  a sua integridade física, mental e moral estão em primeiro lugar. Depois vem o prazer em apreciar a bebida e todas as encantadoras e interessantes estórias que ela tem para te contar.

O consumo moderado do vinho é saudável e socializa. Mas o consumo excessivo e frequente pode torná-lo dependente, e esta realidade é um fato. Infelizmente o alcoolismo é uma doença séria que pode sacrificar a sua vida e a de muitas outras pessoas – a começar pelas pessoas que você ama. 

¨Se beber chame um táxi, vá a pé, de metrô, camelo, jegue, burro sem rabo, mula, 
ou de carona com alguém que não tenha bebido, ou de qualquer outra maneira, mas por favor, não dirija.¨


#ficadica
Nosso corpo é composto por água em sua maior parte. O álcool presente em uma bebida, quando ingerido por nós, consome parte da água no nosso organismo, causando certa desidratação. O consumo regular da água, enquanto aprecia um vinho – ou qualquer outra bebida alcoólica -  repõe parte da água consumida pelo álcool reduzindo – e muito – suas as chances de embriagar-se e sofrer com uma possível ressaca. Mas isso também está diretamente ligado à quantidade de álcool ingerida. Recomendo o consumo de bebidas alcoólicas com moderação e muita água – sempre.

no exercício da cidadania...
Pode até parecer um pouco contraditório começar o post declarando que não há regras, e logo na sequência abordar um assunto sério que é o consumo responsável. Acontece que para mim, o assunto está diretamente ligado à prática da cidadania,  e  à  relação saudável entre pessoas e bebidas alcoólicas. A linha que separa o lazer e o prazer,  do vício é bastante delicada. O vício chega e as pessoas não percebem. O consumo excessivo e frequente é perigoso. 
E eu, Monica Alves,  profissional de vinhos e cidadã, não poderia incentivar ou orientar sobre o consumo de vinhos, sem antes chamar atenção dos meus 5 leitores para este assunto, não é mesmo?! 


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